possíveis na escola

Estando dentro das escolas, percebo o quanto o que acontece em sala de aula, entre aluno e professor está intimamente ligado a uma certa disponibilidade de se relacionar. E acho bem interessante, pararmos e percebermos, com o que é possivel se relacionar? Tem coisas, como idéias e comportametos, que são inviáveis para determinadas pessoas. Neste momento, o limite nos cerca e, geralmente, se impõe sobre o outro. São aqueles minutos que acabamos por decidir que há um 'problema' e que este estar em algum lugar, podendo ser no 'aluno' ou na 'familia' ou na 'instituição', enfim, em algum lugar longe daquele que criou o tal 'problema'.
Curioso e estranho...
Criamos coisas nas escolas que não suportamos e delegamos a outros.
Como podemos fazer da escola, um campo de possíveis?
não aquela possibilidade já pronta, que sempre recorremos quando precisamos... ou seja,como podemos romper com a prontidão das escolas e passarmos a criarmos soluções?
criar, como nos inspira Deleuze, na eperimentação, no contato, no atrito... tentando encontrar apenas possibilidades para as partes envolvidas, quando?
Vamos seguindo nas esoclas, nas formações de professores... procurando criar, inventar um estudo, uma prática que nos alimente e tenha sentido para aqueles que a vive!

4º Módulo: O processo de criação na escola 1º Encontro: Aprendizagem e memória

A sistematização do conhecimento escolar passa por diversas relações e algumas são mais referenciadas, como por exemplo a importância da memória na aprendizagem. No módulo anterior, afirmamos acerca da memória: “hoje já se sabe que o sentido, as emoções e a vivência são fundamentais para a construção da aprendizagem e da memória de longa duração.” Começamos a olhar para esta sistematização procurando ampliar os referenciais, não apenas produzindo novos, mas sim revendo as possibilidades de extensão dos mais clássicos, como a memória. Pois, entendemos que novidade é aquilo que fazemos de novo com as nossas repetições. Quando novas marcas se fazem presente, atualizando velhas impressões.
Assim, este módulo se refere a relação entre memória e aprendizagem, na busca de uma criação. Mas até que ponto a escola está organizada para criar vivências significativas que explorem o conhecimento a partir do sentido? A loucura é que mesmo a escola não estando organizada para criar vivencias de um modo potente... ela é um territorio de socialização e os conhecimentos que por lá circulam (que vão além da sala de aula) produzem em cada aluno, professor, inspetor, um sentido. Talvez estejamos distraídos demais com o conhecimento sistematizado, totalizado - para percebermos os sentidos e a multiplicidade que se estabelece no cotidiano de uma escola.
“Toda aprendizagem envolve a criação de novas memórias ou a ampliação de memórias já existentes....Formamos memórias a partir de vários tipos de atividade e dependemos delas para nos situarmos na vida (Elvira Souza Lima)”.
Texto completo na quarta-feira, 4/08, em botafogo.

PROGRAMAÇÃO DOS GRUPOS DE ESTUDOS

MÊS - AGOSTO


BOTAFOGO - quarta-feira - 19:30 ÀS 21:30
DIA 4 - Processo de criação na escola? Aprendizagem e memória
DIA 18 - continuando... Corpo e diferença

RUA VISCONDE DE CARAVELAS 25
LOCAL - ANTRHOPOS

RECREIO - sábado - 9 às 12 hs

DIA 21 - Identidades, conhecendo as potencialidades. Identidade e memória - a relação da linguagem com a identidade

Local: Centro Educacional Criarte

Rua Coronel João Olintho 746 - Recreio


Pedimos que confirmem a presença!!!

maiores informações

territoriosrj@gmail.com

ou

Cristina 99334676

ou

Nuelna 96060955

Identidades, conhecendo as potencialidades

ESte será o próximo tema do nosso grupo no Recreio, dia 10 de julho!!
Das 9 às 12 hs!!
Um estudo sobre:
- memória
-identidade e
- linguagem
Quando e como estes conceitos se encontram nas práticas pedagógicas?

Pedimos que confirmem a presença!!
territoriosrj@gmail.com
Nuelna 96060955
ou
Cristina 99334676

A Copa do Mundo e as Escolas

Começou a Copa do Mundo e as escolas estão envolvidas com o funcionamento, a torcida das crianças, os pais pedindo para não fecharem, os professores querendo curtir esta festa mundial e muitas histórias vão se constituindo...
Neste momento necessidades se confudem e os valores andam em direções opostas.
A escola como um instrumento social, cultural deveria participar ativamente, ou seja, estimulando que professores e alunos se mobilizem, pesquisem, integrando este evento social em sua rotina?
Integrar este evento na vida do aluno e do professor, inclui parar nos dias dos jogos do Brasil?
Ou não?! Tudo tem limite... e a escola, principalmente as creches, precisam cumprir com seus serviços de cuidadora e isso significa atender, atender, depois atender e depois atender as exigencias e necessiadades dos pais.?!?!?
como diferenciar o que é uma postura coletiva, social, cultural de um capricho, uma imposição (que pode ser de ambas as partes) em fazer valer sua vontade?!?
Ouvi d etudo um pouco nestes últimos dias sobre o que fazer nos dias dos jogos do Brasil. Fiquei tocada com...
'Já avisamos desde de Abril que seria assim...'
'paramos nas chuvas, não podemos parar mais...'
'vou abrir e os pais vão mandar, pois eles querem é se divertirem sem as crianças...'
'vamos fechar, deixemos que as familias, as crianças e a equipe curtam este evento...'
e por fim um pai diz: ' vocês trabalham com crianças, escolheram isso e agora assumam'
Uma mistura de necessidades e pontos de vistas que deflagram onde esta o desejo, os interesses, as necessidades... e muito pouco de educação, de cultura...

Dias Frio...

Lembro de quando acompanhava umas equipes de educadoras na serra,especificamente em Petropolis, Teresopolis e Friburgo. As brincadeiras, as possibilidades de experiencias como andar descalço eram bem diferentes do cotidiano das cidades quentes.
Dias frio proporcionam outras experiencias no cotidiano das escolas.
Muitas escolas se esforçam para manter suas atividades, pouco notando as variaçõe climáticas e suas influencias em nossas vidas...
Convido todos a aquecerem suas casas, seus pensamentos, suas experiencias...
Quem topas?

Artigo - A fragmentação do ensino
http://www.vivianemose.com.br/
(...) O sonho do mundo moderno terminou por desabar sobre nossas cabeças, em forma de violência, aquecimento global, fome. A sociedade moderna, com seus projetos de futuro, acabou não beneficiando de fato ninguém, e desmorona em conseqüência de sua própria exaustão: diante da violência em grande escala e da iminência de desastres ecológicos, todos somos iguais.
Mas o simples fracasso deste modelo moderno de sociedade, que nos prometeu um futuro ordenado pela ciência, não significa que resultará uma sociedade menos desigual e mais justa. Mas, como a tecnologia produziu rachaduras irreversíveis no modo como a sociedade se organizava, uma brecha sem dúvida se abriu, um ponto de vazão, capaz de fazer ruir relações e conceitos opressivos, permitindo uma nova configuração de forças, e gerando novos acordos. Mas, para isso, precisamos ter coragem de rever valores e modelos, e o mais difícil talvez seja encarar o quanto obsoletos estão nossos saberes. Precisamos rever o modo como estruturamos nosso conhecimento, nosso pensamento, nossa educação(...)

Esta é a nossa proposta!!
Construir um campo de estudo e reflexão que altere nossas formas, nossos modos... nos atualizando a cada encontro...

2° MÓDULO - PENSAMENTO NA ESCOLA

“Se há tantas imagens distintas do pensamento
é porque cada uma criva o caos de modo diferente,
seleciona de modo diferente o que pertence de direito ao pensamento.”
Sandra Corazza - 2006

Nesta quarta-feira, 12 de maio às 19:30, teremos o primeiro encontro do 2° módulo em Botafogo!

No sábado, 15 de maio às 9 horas, teremos o 2° módulo completo no REcreio.

Aguardamos vocês!

MÓDULO 1 - segunda parte: Modos de ser e modos de pensar

Quarta-feira, 14 de abril, de 19:30 as 21:30 em Botafogo!
Rua visconde de caravelas, 25, botafogo
Aguardamos vocês!
Até lá!

Percepção e Transmissão

Este tema faz parte das reflexões do primeiro módulo do nosso grupo de estudo - cultura e ação pedagógica.
No nosso dia a dia nas escolas, vemos o quanto nos interrogamos sobre o que transmitimos? O quanto o educador com seus gestos, atitudes, emoções, falas... se relaciona e encontra com o aluno, a equipe, a familia, os saberes e tudo mais que compõe seu cotidiano!
Queremos pensar sobre o que significa perceber? Transmitir? Como cada um de nós percebemos na ação pedagógica sua complexidade? Como podemos ampliar nosso campo perceptivo? Como podemos nos tornar professores questionadores ao invés de legisladores de uma verdade única?!
Como?
Que professor queremos ser?
São questões para refletirmos!

imaginação ou mentira???

Ontem fui assistir o filme " Só 10 por cento é mentira" um documentário sobre Manoel de Barros, sobre sua poesia, já que como ele mesmo se diz não é biografavel.
Muita emoção e questões me remeteram à escola, as crianças. Do que fala uma criança? Como diz o poeta é lá na liberdade da infância que a criança vai criando sua poesia, brincando com as palavras, vivendo e criando lembranças. A poesia de Manoel é rica de novos sentidos.
Me pergunto muito sobre o sentido...sentidos..brincadeiras...linguagens...Manoel de Barros sempre me chamou para este lado, um convite ao romper com a memória, a ficar com as lembranças, a inventar o seu próprio mundo que vem recheado de sentidos singulares, prontos para serem trocados com os afins.
Na escola, por vezes, vimos os educadores lidando com conceitos, com palavras enferrujadas de tão cristalizadas. Distancias quiliométricas os separam da sua própria criança e do seu aluno companheiro de jornada pelos caminhos do conhecimento, sentindo o que vive e inventando sempre um novo jeito de estar no mundo a cada instante.
É isso!! o poeta tem na sua desrazão todo o sentido do mundo, sentindo vai brincando; e escrevendo vai dando novos contornos, ampliando nossa visão de mundo, torcendo, poetizando vai nos mostrando novas realidades. Que bom seria se deixassemos a nossa imaginação compartilhar nos lugares em que estivermos.
Manoel nos convida a sentir e não explicar.
E isso é tudo dito verdadeiramente, pois, como ele mesmo define: " mentira vem de fora o que vem de dentro é imaginação". Educadores vamos abrir os nossos sentidos para o que vem de dentro de nós e dos outros.
Recomendo o filme.

O que se espera da escola?

O que se espera de uma escola? o que se espera de uma criança na escola?
Neste complexo mundo capitalista, no qual, a onipotência da imagem impera e encarcera todos nós em uma rede de poucos fios... O que queremos?

Foi com muita clareza que uma mãe diz: 'em determinada escola, eles vão mostrar um projeto pedagógico maravilhoso, que olhamos e ficamos maravilhados. Compramos isso! diz ela. Mesmo sabendo que depois, no dia a dia nem vamos acompanhar o que disso tudo foi de fato feito, vivido e tal. Ficamos com a imagem que nos apresentam!'

Fico com o peito apertado... o que essa mãe tão zelosa e cuidadosa do seu filho espera da escola? Uma imagem? Uma promessa em vão? pois nem ela está comprometendo-se em acompanhar a escola.

Passa um filme na minha frente...um turbulhão de imagens.

Outra mãe chega aos prantos, perdida com seu filho, dizendo que ele está triste, vindo de uma escola triste... Precisa de espaço que o deixem brincar. Ao ver o filho brincando com as fantasias, diz: é isso que ele precisa!

Outra mãe diz: estou insegura, mudei ele de escola e ele ainda não lê e nem escreve. Não sei se era isso que eu queria para ele.

várias cenas de um cotidiano...
Percebo que está explicito um jogo de promessas e imagens... e quem parou para olhar a criança? perceber como vem se desenvovlendo? quais relações tem com a escola? quais são seus limites,sentimentos?
E as crianças? estão ai, aqui, acolá... vivendo a força das imagens!!!
Sinto um forte tom melancolico, frustado... mas não consigo me furta a isso... por mais alterações que tenhamos na capacidade humana de adpatar-se e desenvolver-se, sabemos da importancia do contato, da relação para a constituição de um ser saudavel, que reconheça suas potencialidades, que saiba conviver, trocar, olhar, escutar, se diferenciar...
Mas eu também sei que estas são algumas de muitas histórias que nos convidam a refletir e refletir... o que queremos?! Quais crenças nos movem? Para aonde estamos olhando?

Espaço de estudo /reflexão onde a experiência vivenciada garante o sentido do conhecimento.
Em 2010 desenvolveremos temáticas que tem com objetivo CUIDAR DE SI.
Como nós educadores vamos articulando nossas práticas?
Como inventamos em sala de aula, no nosso dia a dia práticas que nos potencialize?
Temos como ponto de partida os estudos da Psicomotricidade e da Corporeidade na construção de uma perspectiva sobre a educação e o complexo processo de ensino e aprendizagem. Fomos traçando uma teia/rede rizomática onde a experiência vivida garante o sentido do conhecimento.
PROGRAMAÇÃO 2010

1° MÓDULO – cultura e ação pedagógica
– percepção e transmissão
– modos de ser e de pensar
– educação e formação de valores

2° MÓDULO – o pensamento na escola
– pensar ou aprender
– cognição e afeto

3° MÓDULO – identidades, conhecendo as potencialidades
- identidade e memória
– a relação da linguagem com a identidade

CAMINHADA – DESCOBERTA DE OUTROS TERRITÓRIOS - JULHO

4° MÓDULO – processo de criação na escola
– aprendizagem e memória
– corpo e diferença
– imagem e esquema corporal
– múltiplo e cotidiano

5° MÓDULO – expansão da potência
– alegria ativando a potência
–cuidar de si

Novembro – caminhada e fechamento do ano

Os autores que dão sustentação para nossos encontros são: Foucault, Lapierre, Aucouturier, Wallon, Nietzsche, Vygotsky, Elvira Souza Lima, Piaget, Winnicot, Deleuze, Manoel de Barros, Lygia Clark. Silvia Pimenta, Walter Kohan, Larossa,entre outros.

Territoriosrj@gmail.com
WWW.territoriosrj.blogspot.com.br
Estes encontros acontecerão em BOTAFOGO com uma estrutural quinzenal, as quartas-feiras a noite.
Antrhopos – Centro de Desenvolvimento do Homem
Rua Visconde de Caravelas, n.25

E no RECREIO, com uma estrutura mensal, aos sábados pela manhã.
Centro Educacional Criarte
Rua Coronel João Olintho 746 – Recreio
AOS SÁBADOS PELA MANHÃ

Aos interessados informamos a possibilidade de fazerem módulos ou encontros avulsos.
Já estamos aguardando vocês!

O corpo na escola

Acabo de chegar de um encontro de pais na escola sobre o balé. Uma conversa agradável sobre como funciona este tipo de dança para crianças pequenas... há uma questão a cerca do corpo. Seria adequado balé para meninas de 3 anos? E fiquei feliz com a clareza que a professora conduzia os questionamentos dos pais, que conduziam suas duvidas sobre o desenvolvimento corporal e as possiveis implicações do balé. A professora foi mostrando que balé para as meninas é a figura da bailarina que povoa o imaginário delas... Imaginário este importante para que a dança aconteça.
Percebemos juntos, no encontro, que somente a roupa quando colocada... cria uma forma, uma expressão e as meninas se transformam em bailarinas!
Achei interessante sua colocação sobre ter espelhos na aula. Ela explicou que como sua intenção está na consciencia corporal, ela trabalha com a propriocepção e entende o espelho como um bom parceiro para nossa estética, ficando como coadjuvante.
Assim, ela foi dizendo que o foco das suas aulas é a expressão corporal e a psicomotricidade. Seu objetivo estar em buscar a espontaneidade dos movimentos, descobrir os movimentos do corpo, a relação com o espaço, com o tempo, enfim, toda complexidade que envolve um processo de dança. E o que poderia padronizar e enrigecer os corpos, será vivido nesta escola especificamente, como uma possibilidade de expansão e prazer. Um encontro entre imaginar e movimentar.
Foi um encontro rico entre pais e escola pensando o lugar do balé para a escola, para as crianças e para os pais!
Este encontro me fez pensar, e por isso, desejei compartilhar com vocês, sobre o lugar do corpo na escola. Onde estão as amarras? Na técnica? No saber? No como conduzimos os saberes? O quanto abrimos espaço para expansão ou para contenção?

O corpo na educação

' As palavras tornam-se futeis quando se desvinculam-se das realidades vivenciadas" Michel Maffessoli - em Ritmo da Vida - pagina 14.

Refletindo sobre a citação, como podemos pensar o lugar da educação nos cotidianos da sala de aula? Estamos conseguindo dar sentido as palavras que são ditas as crianças, adolescentes e adultos??

Nos do territorios - psicomotricidade e educação, pensamos muito sobre estas questões. Para nos o corpo é o lugar da experiência vivida e que possibilita o sentido das palavras.

O que vocês pensam sobre isso?

Movimentando a Educação

Este espaço é aberto a troca sobre o lugar do humano na Educação. Valorizamos o encontro, o diálogo, a experiência e assim estamos construindo este novo espaço de reflexão-ação.
Convidamos todos vocês para explorarmos territórios. Sejamos todos bem-vindos.